Mercantilismo: entenda tudo sobre a prática comercial

Michele

O mercantilismo foi a principal política econômica adotada pelos países europeus entre os séculos XV e XVIII. Seu objetivo era fortalecer o Estado por meio do acúmulo de riquezas, especialmente metais preciosos, e do controle do comércio.

Os países que adotaram essa prática acreditavam que a prosperidade de uma nação dependia de exportar mais do que importar, garantindo um saldo positivo na balança comercial. Esse sistema econômico influenciou a expansão marítima, o colonialismo e a exploração de recursos naturais em diversas partes do mundo.

O que era o mercantilismo?

O mercantilismo era um conjunto de práticas econômicas que colocava o Estado como o grande controlador da economia. Os governantes implementavam políticas protecionistas para evitar que o dinheiro saísse do país, além de incentivar a produção interna e o comércio com as colônias. O ouro e a prata eram vistos como símbolos de poder, e os países faziam de tudo para acumulá-los, inclusive explorando territórios colonizados e impondo regras comerciais rígidas.

Principais características do mercantilismo

1# Acúmulo de metais preciosos (metalismo)

O ouro e a prata eram considerados as maiores riquezas de um país. Por isso, muitos países europeus investiram na exploração de colônias e na busca por metais preciosos, especialmente na América. O objetivo era manter os cofres do Estado cheios e garantir o poder econômico e militar.

2# Balança comercial favorável

Os países mercantilistas procuravam vender mais do que comprar, ou seja, exportar mais do que importar. Isso gerava um superávit comercial, garantindo que mais dinheiro entrasse do que saísse da economia nacional.

3# Protecionismo econômico

Para evitar a concorrência estrangeira, os governos impunham altas taxas sobre produtos importados e incentivavam a produção nacional. O protecionismo fortalecia as indústrias e evitava que o dinheiro fosse gasto em produtos vindos de outros países.

4# Colonialismo e exploração das colônias

As colônias eram fundamentais para o mercantilismo, pois forneciam matérias-primas para as metrópoles e consumiam os produtos manufaturados. Os colonizadores proibiam as colônias de negociar com outros países e exploravam ao máximo seus recursos naturais.

5# Monopólios comerciais

Muitas nações criaram companhias monopolistas, como a Companhia das Índias Orientais, que tinham o direito exclusivo de explorar o comércio em determinadas regiões. Esses monopólios garantiam que apenas a metrópole lucrasse com o comércio colonial.

Como o mercantilismo influenciou o mundo?

O mercantilismo foi um dos motores da expansão marítima europeia. Portugal e Espanha lideraram a busca por novos territórios, estabelecendo colônias na América, na África e na Ásia. Isso resultou na criação de grandes impérios coloniais e no fortalecimento do comércio internacional.

Além disso, essa política econômica impulsionou o tráfico de escravizados, pois a mão de obra africana era usada para explorar as colônias, especialmente nas plantações e minas da América. O mercantilismo também fomentou guerras e disputas entre os países europeus, já que todos queriam garantir suas rotas comerciais e expandir seus domínios.

O fim do mercantilismo e a ascensão do liberalismo

A Revolução Industrial e as ideias do liberalismo econômico, defendidas por pensadores como Adam Smith, começaram a enfraquecer o mercantilismo no final do século XVIII. O livre comércio, a competitividade e a ideia de que a riqueza de um país não dependia apenas de metais preciosos ganharam força, dando início a uma nova era econômica.

O mercantilismo pode ter sido substituído por novas políticas econômicas, mas seus impactos ainda são visíveis. Muitas práticas protecionistas e estratégias comerciais dos governos modernos têm raízes nesse período. Afinal, quem não quer garantir uma balança comercial favorável e manter sua economia forte?

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